segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Criança manhosa

Existe um certo tipo de dor com a qual você não consegue conviver. É aquela que dói bem fundo na alma, que mexe com a sua cabeça e te faz piorar o machucado já ferido. Agora, tem outro tipo de dor com que você consegue conviver, que dá até pra se ver no espelho e rir da cara inchada de horas de choro. É uma dor companheira, que você leva por onde for, mas não a alimenta. Ela não cresce, pois não mexe com a  sua cabeça e, sendo assim, ela se torna suportável. Ao contrário da outra dor, que sente inveja da dor companheira e quer ser a única a domar o tal coração doído. 

Bem, ambas doem e te fazem recordar coisas que já se passaram, mas que insistem em chamar atenção quando casualmente são esquecidas. Porém, apesar do pé batendo no chão de tamanha manha, quem manda no que deve ou não ser sentido e ou levado pra frente, pra vida, é você. Você que deve ensiná-las seus devidos lugares e quando devem ser recordadas ou apenas guardadas em um baú de lembranças escondidas. Que se mencionadas, acordam e veem encher seu saco... "Ei! Lembra de mim?" "Lembro! Agora, se manda daqui e me deixa curtir à toa, criança manhosa."

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