sábado, 31 de janeiro de 2015

O prazer é meu em te conhecer



Ilumine-se

Cada ser humano carrega uma tocha consigo que faz iluminar o próximo que está a vir. Esse poder de iluminação tem o intuito de visualizar, naquele que se aproxima, os trejeitos, maneiras e pensamentos iguais àqueles que você possui e o que o outro pode trazer de melhor para completar ou ajudar a equilibrar a sua maneira de viver. Porém, com esses pré-conceitos de “o que é melhor” e de “quem eu sou”, a tocha acaba por produzir uma fumaça que tem como consequência limitações de conhecimento próprio e do outro.

Muitas vezes, a convivência dentro de uma sociedade faz com que as pessoas acabem por seguir uma única maré, um único conceito de felicidade e uma restrita forma de viver as oportunidades que a vida pode dar. E essa direção pela qual todos sempre seguem é estreita, sem muita luz própria e isso, na verdade, é ser levado a lugar nenhum. 

Tijolos amarelos

Nós vivemos em um mundo de espelhos onde o espetáculo é o eu e o outro é o nosso reflexo. As pessoas criam expectativas em cada um na espera de que os outros se tonem o que você espera de si mesmo, ou o que esperaria se não fossem as circunstâncias em que você mesmo vive.

Para completar, cada ser dessa terra nasce em uma família (ou não) que erra quando ensina em algum ponto da vida da criança e essa pessoinha quando vira gente irá viver por onde a sua crianção o levou a ser o que é hoje. As influências, de certa forma, o limitam e você passa a crer em algo que não é igual para o outro, mas pode ser igual ou parecido para alguém. É aí onde se criam mais expectativas, mais utopias e uma ilusão de que o outro pode ser você e essa união pode ser o melhor. Isso pode, quando não, se tornar algo bom, mas uma opinião que é formada e transformada ao longo do tempo traz muito mais bagagem do que uma mente que se encontra sempre entre quatro paredes.

Alguém pode ouvir?

Agora, como é possível impor que alguém é diferente o bastante de outra pessoa e afastar-se dela, se todos nascem da mesma forma e enfrentam os mesmos sentimentos durante a vida, apenas com histórias diferentes?

A capacidade de um ser humano julgar o outro pela forma diferente de como nasceu e cresceu é passível de um profundo estudo por detrás desse sentimento, não sei se por insegurança ou mania de grandeza. Apesar disso, há como criticar e mostrar o monte de hipocrisia na qual a pessoa está sentada, na espera de um belo tombo na altura de sua arrogância.

Bom, uma delas é o exemplo de um dos visuais mais vistos como belo da humanidade, o do gene recessivo ruivo e até mesmo nos casos de pessoas e animais albinos, que se tornam ilustres aos olhos de todos. A raridade nos faz especial, o comum nos faz querer buscar o que nenhum outro tem e o que temos dentro de cada um de nós. Isso explica muita coisa, como a bagunça que cada um traz, que organiza e embeleza a humanidade. As maiores coisas do mundo foram feitas por pessoas com loucos rodamoinhos na cabeça e as mais terríveis por aqueles que se limitavam a seguir uma ordem, uma doutrina, um extremo. E essa concentração de limites dentro de cada pessoa, a tocha que bastaria para a, de fato, iluminação, só traz uma visão turva do que pode ser o mundo em que vivemos.

Nota: Ok, tudo que estou pondo aqui são conceitos feitos por uma mente que pensa de um modo x, que passou por uma criação y, que não é igual a nenhuma outra e que sente coisas que nenhum outro sente. Eu especulo e busco por meio da ideia que me passa tarde da noite fazer com que outra pessoa com uma tocha a segurar encontre em mim um ponto de equilíbrio que lhe faltava, pois penso que somos feitos disso: encontros, sentimentos, aprendizado, transformação e iluminação.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A importância do valor



Se jogar para um amor é um jeito passional de viver. Adjetivo que traz alegrias e um modo de seguir "lindo", "honrado" e com tudo isso ainda há como ter uma vida "feliz". E uma "vida", com aspas, que passa por uma junção de momentos declarados e oportunos, alguns até mórbidos, que nos fazem subir além de nós mesmos para um "eu" que muito transmite e muito sente.

Sei que para amar basta estar vivo, mas do que e para o que viver são questões que flutuam em volta naqueles difíceis momentos de alta reflexão da existência. Mas ter certezas em algumas coisas e incertezas em outras faz parte e mais dúvidas do que conclusões, isso, com toda certeza, é o que nos ajuda a viver. Ou "viver".

Das dificuldades tiramos a curiosidade, que é de onde tiramos a primeira peça de roupa, que vem antes da descoberta, uma das melhores, da tal esperada vivência da nostra vitta. Adulta ou não, criamos expectativa nela que pode vir ou não, de novo, com incríveis surpresas e as melhores histórias pós-acontecido. Seu melhor amigo, por exemplo, tem na memória alguma boa delas, ou melhor, nenhuma.

A passionalidade talvez suma com o tempo ou com o desgaste do mesmo. Do amadurecimento ou desaprendizado de como amar de forna plena e verdadeira, sem que haja uma procura por segurança, sem buscar a tal certeza da qual ninguém tem de nada. Para esclarecer: faço apologia ao adjetivo de maneira religiosa, uma ponte que o faça ligar a pessoa ao sentimento, um passo, de fato, para amar, um amor por si, pela vida, pelo outro, pelo simples instante de sentir com toda a força que o sentimento traz.

E deixo aqui, a minha incerteza por tudo que mostrei, pelo futuro, pelas minhas volúveis vontades e meu sentir, que ora é puro, ora não presta. De nada posso afirmar com destreza, mas sei que de passo em passo encontro a passionalidade que uma vez percebida, jamais passará no branco outra vez.